Quanto às bóias ondógrafo mantidas pelo Instituto Hidrográfico (IH), embora alguma informação esteja disponível em linha, o volume de dados a que é possível ter acesso é bastante limitado. Ainda assim, é possível visualizar dados de agitação marítima relativos à última década.
Agitação marítima registada pela bóia ondógrafo de Sines (IH). |
Agitação marítima registada pela bóia ondógrafo de Faro (IH). |
Apesar de o período temporal em análise não ser muito representativo, não é possível identificar qualquer tendência nos gráficos anteriores, tanto para os valores de altura máxima como de altura significativa (correspondente à média do terço superior das alturas de onda). O que reforça a ideia de que, ao contrário do que é repetido pela generalidade da imprensa e certos sectores científicos, no que diz respeito à agitação marítima os eventos extremos não têm vindo a tornar-se mais frequentes. Se os danos provocados por tempestades na costa portuguesa se têm avolumado, isso tem mais a ver com deficiente planeamento e ordenamento do território do que propriamente com alterações climáticas.
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